Parque Bondinho Pão de Açúcar inspira com suas práticas sustentáveis

O Teleférico do Pão de Açúcar, sonho do engenheiro Augusto Ferreira Ramos, foi inaugurado em 27 de outubro de 1912. Foi construído por meio de uma operação ousada e recebeu cerca de 50 milhões de visitantes em seus quase 110 anos de história. O teleférico (bondinho em português, pronuncia-se “bon-JIN-yo”) – que liga o Morro Pão de Açúcar ao Morro da Urca – colocou o Rio de Janeiro na lista das principais atrações turísticas do mundo ao oferecer uma vista espetacular da cidade, incluindo mais de 20 praias e o Morro do Corcovado, símbolo da cultura brasileira conhecido mundialmente pela estátua do Cristo Redentor de 38 metros de altura no topo de seu pico.
A construção do projeto do teleférico foi dividida em duas etapas. O primeiro trecho, inaugurado em 1912, liga a Praia Vermelha ao Morro da Urca, estendendo-se por 528 metros e subindo 227 metros. O segundo trecho entrou em operação em 18 de janeiro de 1913, e liga o Morro da Urca ao Morro Pão de Açúcar, separados por 750 metros, com altura máxima de 396 metros.
Para operar com mais eficiência, o teleférico está em constante modernização, principalmente no consumo de energia.
“Garantimos que 100% de nossa demanda de energia seja proveniente de fontes renováveis por meio de contratos diretos com usinas geradoras no mercado livre de energia do Brasil”, afirma Pedro Horta, gerente de sustentabilidade.
Atualmente, os principais fatores envolvidos na eficiência e sustentabilidade do teleférico são sua forma aerodinâmica, que reduz a resistência ao vento; seu vidro, com películas que reduzem a demanda de energia para resfriamento; e seu sistema mecânico, que aproveita o peso descendente do teleférico para puxar o vagão ascendente. Esse processo também ajuda a gerar eletricidade para o parque sempre que o teleférico que desce for mais pesado que o que sobe.
Além da tecnologia energeticamente eficiente aplicada na operação dos maquinários, o parque utiliza equipamentos que economizam água, como temporizadores nas torneiras dos vasos sanitários e uma tecnologia rara que consiste em uma tubulação aérea de esgoto que desce do Morro Pão de Açúcar até o Morro da Urca . Segue o mesmo trajeto dos cabos do carro, conectando-se à rede pública de coleta de esgoto do Morro da Urca.
Essa engenhosidade de engenharia minimiza o impacto dos efluentes na parede rochosa do Morro Pão de Açúcar e no ambiente marinho circundante.

Embora a gestão de resíduos tenha sido um desafio, o parque implementou métodos eficazes de coleta e separação de resíduos por meio da reciclagem de papel, plástico, alumínio e muito mais; compostagem de materiais orgânicos; reaproveitamento de detritos; coprocessamento de resíduos perigosos; e rerrefino de petróleo. Além disso, há uma equipe de limpeza preparada para recolher qualquer lixo ou dejeto que possa ter sido deslocado pelo vento para a mata do entorno ou para a trilha do Morro da Urca, um dos locais mais visitados do estado do Rio de Janeiro. Essa trilha passa pelo meio da unidade de conservação e liga o Parque Bondinho Pão de Açúcar à trilha Claudio Coutinho, outra trilha de caminhada e corrida que tem 1.25 km e está localizada sob o Morro Pão de Açúcar. A área abriga muitas árvores nativas, pássaros e pequenos macacos, e tem sido frequentemente explorada pelos moradores da região para lazer e prática de esportes.
Ambas as trilhas foram oficialmente adotadas pelo Parque Bondinho Pão de Açúcar em 2016, e desde então, em conjunto com a Gerência da Unidade de Conservação, ações como fechamento de atalhos, recomposição das estruturas de drenagem e da superfície da trilha, manutenção de áreas de revegetação, regeneração natural, plantio mudas, controle de espécies exóticas e remoção de pichações de placas de sinalização foram implementadas. O reflorestamento é outra iniciativa que vigora desde a década de 1980.
Por sua localização privilegiada e diversas ações que possibilitam a conservação do meio ambiente, o projeto educacional-socioambiental “Educa Bondinho” recebe grupos de escolas públicas e privadas para estimular os alunos a aprender mais sobre temas relacionados à ciência, biologia, geografia e história.
O Parque Bondinho Pão de Açúcar participa ativamente das causas ambientais da sociedade por meio do uso de sistemas energeticamente eficientes e recentemente entrou no mercado de compensação de carbono, fazendo um balanço de suas emissões de gases de efeito estufa para compensar 100% dos gases emitidos.
Outras novas iniciativas que geram impactos positivos no entorno local estão em desenvolvimento. O parque tem como objetivo inspirar a consciência de sustentabilidade de toda a região entre moradores, estudantes, atletas, turistas, instituições e empresas.
“Nossa missão é mostrar como é viável aliar desenvolvimento e sustentabilidade, buscando servir de exemplo para outras atrações turísticas e empresas ao redor do mundo”, afirma Sandro Fernandes, CEO do Parque Bondinho Pão de Açúcar. “Por isso, temos em mente nosso propósito de inspirar felicidade em todos que se conectam conosco, contribuindo para um mundo melhor e dando continuidade ao nosso legado de ações em prol da sustentabilidade.”